Todos avisaram que seria difícil assumir gestão… não podemos negar, realmente foi.

Entramos em 2022 com a missão de viver a São Francisco, embarcamos na gestão com a missão de aprender e ensinar as infinitas tradições que são tão velhas quantos os vitrais das escadarias. Depois de anos vivendo a experiência EAD, a G22 estava ali, assumindo todas as responsabilidades, enfrentando seus medos, aprendendo a lidar com pessoas que até então eram desconhecidas em sua vida. A formação da nossa gestão não foi tranquila, éramos 7, cada um de uma canto, cada um com a sua história e com apenas uma coisa em comum: o amor pela Atlética XI de Agosto.

Depois de 2 anos, estávamos ansiosos para viver todas as experiências universitárias. Foi um ano intenso, talvez o ano mais intenso da vida da diretoria, foi um ano sem pausas, com reuniões infinitas, com discussões calorosas, com muitas noites viradas, pouco sono e excesso de coisas para serem resolvidas. Um ano em que ficar na salinha era muito mais importante do que ficar na sala de aula. Foi insano, mas tenho certeza que foi o melhor ano das nossas vidas.

A nossa gestão foi feita a base de experiências não vividas, foi realizada na base do "alguém fez isso desse jeito, então deve dar certo”. Nossa primeira festa foi o troféu arcadas, um caos generalizado, depois tivemos o treinão, um caos controlado. Logo em seguida, o famoso FICA, um festa marcada por um mistura de vários sentimentos e CALOR! O semestre mal tinha começado e já estava acabando. Mas ainda não tínhamos entregado a nossa festa dos sonhos, o sentimento que pairava no ar era “será que nada vai dar certo?”. Ao mesmo tempo, estávamos preparados para o nosso primeiro jogos, o primeiro jogos de 3 turmas da faculdade. Uma Baita responsabilidade.

O Interusp estava chegando, era a primeira vez que cada um dali iria fazer algo grandioso, cada reunião foi importante para aprender mais e mais, ali o clima era de amizade e parceria. Americana foi nosso ponto de virada! Foi ali que aprendemos a trabalhar juntos, a confiar nos nossos trabalhos individuais e em conjunto. Mas não foi apenas felicidades, sofremos com a realidade, quebramos a cara, a gestão perdeu um pedaço. Mas tiramos do caos o aprendizado para crescer, crescemos. Aprendemos a lidar com as opiniões alheias, escutamos ainda mais as pessoas com experiências, fizemos ainda mais reuniões, nos apegamos ainda mais aos nossos coordenadores, trabalhamos mais e mais. Mas não era o bastante.

O segundo semestre começou com o sentimento de “Chegou a nossa hora de brilhar”. Nossa primeira festa foi a cervejada do XI, com o CA, ela começou com tudo, foi tudo ótimo. Em seguida, tivemos a famosa SANFEA, que não decepcionou em nada, finalmente tivemos o famoso trio no Largo. O sentimento que crescia era do “agora estamos alinhados, agora podemos fazer o nosso melhor”. No entanto, o nosso maior medo também ganhava forma, os Jurídicos estava cada vez mais perto e o clima hostil de jogos. Seria em Araraquara, o lugar que ou sairíamos vitoriosos como gestão, ou sairíamos com o sentimento de derrota. Cada dia que passava, esse sentimento crescia, era Tudo ou Nada.

Novembro chegou, realizamos boa parte dos nossos projetos, estávamos dedicados ao que era mais importante para a atlética, cada um de nós focamos no que era necessário. Pensávamos nos Jurídicos 24 horas por dia. A verdade foi que, depois de um exemplar final de semana nas antecipadas, chegamos em Araraquara como favoritos, mas rapidamente perdemos esse espaço. Passamos nossos dias na morada do sol com a vontade de ganhar e a certeza de que tínhamos que fazer tudo perfeito, que nenhum erro era permitido. Todos trabalhamos, trabalhamos e não deixamos de lutar.

O mote deste ano foi real, lutamos até o fim, lutamos e não perdemos a esperança. E quando tudo parecia perdido, continuamos. Acreditamos no poder da Gloriosa e tivemos o resultado que tanto sonhamos. O quarto dia dos jogos começou com o sentimento de esperança e de que tudo é possível. TUDO FOI POSSÍVEL! Ali, no meio da tarde, no meio do jogo do HM, PUC e MACK, conquistamos o 30º geral para a São Francisco. Foi um misto de emoção, muitas lágrimas de felicidade e alívio. Ali, não apenas o nosso sonho estava sendo realizado, mas também o de todos os atletas franciscano que deram a vida pra manter a gloriosa como GLORIOSA. 

Em poucas horas, a gestão que saiu do EAD direto para a realidade estava levantando o caneco junto com a torcida, a Baisf, os velhos e novos atleticanos, e vivendo o Maior e melhor sonho franciscano. Agora, é difícil nos despedirmos completamente dessa entidade, então não dá para dar um adeus definitivo, mas podemos dizer que encerramos um ciclo. Um ciclo repleto de erros e acertos, mas finalizado com o sentimento de dever cumprido e que será muito bem comemorado na Macaca.

Agradecemos a todos pelos infinitos suportes dados ao longo dos anos, obrigada a todos os velhos pela paciência e pela dedicação, não estaríamos aqui se não fosse todo o suporte dado por vocês. Impossível deixar de agradecer também aos mais novos, nossos calouros da 194 e 195 que foram nossos membros importantes e que nos auxiliaram a executar os nossos planos mais absurdos. Podem contar conosco para tudo que precisarem nas próximas gestões. Agora, nós 6 nos despedimos da G22 e desejamos que a G23 tenha também uma gestão inesquecível, sempre lembrando que o mais importante é, independentemente das adversidades, “Lutar até o Fim”.