
JOGOS JURÍDICOS 2006
A História dos Jogos Jurídicos de 2006: Um Capítulo de Luta e Tradição
2006 foi um ano que, ao invés de ser marcado pela celebração e pela competição, se tornou um marco de luta pela preservação de nossas tradições e pela defesa do que é justo.
Desde os primórdios, os Jogos Jurídicos Estaduais de São Paulo são um evento que reúne as melhores faculdades de Direito, promovendo não apenas a rivalidade, mas também a confraternização entre os estudantes. No entanto, em 2006, a responsabilidade pela organização do evento ficou a cargo da Atlética João Mendes Jr. Infelizmente, a ineficiência na gestão levou à perda da data original. Para nossa surpresa e descontentamento, a nova data escolhida para os jogos coincidiu com os tradicionais Jogos InterUSP, um evento do qual a XI de Agosto participa há muitos anos e que é parte essencial da nossa identidade.
A decisão de mudar a data dos Jogos Jurídicos não foi apenas uma falha organizacional; foi uma afronta à nossa tradição e aos nossos direitos – sem falar que foi mais um epísodio de tentativa de tapetão das outras atléticas, considerando que havíamos ganhado o Geral nos 10 anos anteriores e ganhamos no ano seguinte. A exclusão da São Francisco do evento, que é uma fundadora e sempre foi parte fundamental dessa competição, nos levou a tomar uma atitude. Como representantes da gloriosa São Francisco, não poderíamos aceitar que a nossa história fosse desrespeitada.
Assim, decidimos judicializar a questão. O processo, que ficou registrado pelo número 9167722-62.2007.8.26.0000 (Apelação 498903-4/4), foi uma luta para garantir que a denominação "Jogos Jurídicos Estaduais" não fosse utilizada para um evento que não respeitava a essência de nossa participação. Lutamos para que a Justiça reconhecesse que não havia falta grave que justificasse nossa exclusão. E, para nossa alegria e alívio, o tribunal acolheu nossos argumentos, confirmando que não se pode falar em Jogos Jurídicos sem a presença da Atlética XI de Agosto.
O desfecho desse processo não foi apenas uma vitória legal; foi uma reafirmação da importância da tradição e do respeito mútuo entre as faculdades de Direito. O reconhecimento de que "Não Existe Jogos Jurídicos sem a Gloriosa São Francisco!" ecoa até hoje entre nossos membros e reforça a ideia de que a nossa identidade e a nossa luta são fundamentais para o futuro do evento.